A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu anular uma determinação que limitava o acesso à pílula do aborto. A decisão foi anunciada nesta quinta-feira (13), em Washington. A medida representa uma mudança significativa nas políticas de saúde reprodutiva do país, impactando diretamente a vida de milhares de mulheres. A anulação da restrição foi comemorada por grupos defensores dos direitos reprodutivos, que veem na decisão um avanço na garantia da autonomia e liberdade das mulheres em relação ao seu próprio corpo. Conforme um levantamento do governo mostrou a cada dez abortos feitos nos EUA no ano de 2023, seis foram usando esses medicamentos. Mesmo com a votação, o presidente Joe Biden afirma que a “luta” pelos direitos reprodutivos irá continuar. O direito ao aborto é uma das principais questões nas eleições de novembro, e o governo Biden pediu ao tribunal que mantivesse o acesso ao medicamento, aprovado pela Food and Drug Administration (FDA) em 2000. Os opositores ao aborto tentam restringir o acesso à pílula em todo o país, alegando que não é segura e que os médicos contrários ao aborto são forçados a agir contra seus ideais quando tratam pacientes com complicações de sua utilização. O aborto medicamentoso representou 63% dos realizados no país no ano passado, ante 53% em 2020, segundo o Instituto Guttmacher.
Fonte: https://jovempan.com.br